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Diásporas criativas africanas em São Paulo: fazer musical e patrimônios pós-coloniais

Processo: 19/09397-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante - Internacional
Vigência: 03 de setembro de 2019 - 14 de novembro de 2019
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Rose Satiko Gitirana Hikiji
Beneficiário:Rose Satiko Gitirana Hikiji
Pesquisador visitante: Jasper Morgan Chalcraft
Inst. do pesquisador visitante: European University Institute (EUI), Itália
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:16/05318-7 - O musicar local: novas trilhas para a etnomusicologia, AP.TEM
Assunto(s):Patrimônio imaterial  Filme etnográfico  Etnomusicologia  Diáspora  Intercâmbio de pesquisadores 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Diáspora africana | fazer musical | filme etnográfico | música e localidade | Patrimônio Imaterial | etnomusicologia; antropologia visual

Resumo

O objetivo deste projeto é dar continuidade ao desenvolvimento do projeto de pesquisa "Fazer musical e patrimônio cultural africano em São Paulo", uma parceria de Jasper Chalcraft com Rose Satiko Hikiji, professora do Dep. Antropologia da USP, como parte do projeto temático "O fazer musical local".Jasper Chalcraft integra a equipe de pesquisadores deste temático e realizará, no período: a edição de um documentário etnográfico no LISA-USP, pesquisa de campo e gravações audiovisuais, apresentação da pesquisa na USP e na Unicamp, um workshop para a equipe do temático, palestra e minicurso na USP.O projeto tem como objetivo analisar a diáspora criativa africana no Brasil: como os imigrantes africanos expressam identidades culturais? Como negociam as políticas locais de representação racial? Como a música e a localidade são utilizadas na construção de narrativas de identidade? A imigração africana para o Brasil tem crescido significativamente nos últimos anos: a maior parte dos imigrantes africanos deixa por razões econômicas, mas os pedidos de refúgio cresceram de 566 em 2010 para 28.670 em 2015.O projeto tem analisado os significados do fazer musical para esta jovem geração de imigrantes africanos no Brasil, especificamente em São Paulo, local que atrai importante parte desta corrente migratória. Temos acompanhado histórias e experiências de vida de imigrantes que chegaram a São Paulo, para entender de que maneira a música constitui a experiência de se tornar/perceber africano no Brasil. Desde 2016, o projeto acompanha músicos e artistas do Senegal, Togo, RDC, Moçambique e Angola. Entre 2016 e 2018, realizamos o documentário Woya Hayi Mawe - Para onde vais?, no qual seguimos a música Lenna Bahule entre São Paulo e Maputo, sua cidade natal, para onde retorna para realizar um show, encontrar a família e pesquisar suas raízes. O documentário está sendo exibido e discutido no país e no exterior, e foi selecionado para o festival In-Edit 2019. Durante esta visita nós continuaremos o trabalho com Lenna, e seu renovado ativismo. Entre 2016 e 2017, realizamos o curta Tabuluja (Acordem), em parceria com o artista congolês refugiado em São Paulo, Shambuyi Wetu. O filme ficou entre os finalistas do Arts and Humanities Research Council (UK) Research Film Awards, um artigo e um ensaio fotográfico que resultam desta pesquisa foram publicados em periódicos brasileiros e um capítulo intitulado Collaborative Post-Production foi aceito para publicação no livro The Routledge Handbook of Ethnographic Film and Video (org. Vanini). Esta visita prevê outras colaborações com Shambuyi, e a produção de mais um artigo para periódico a partir da análise deste material de pesquisa. As pesquisas e entrevistas já realizadas resultaram também em um capítulo do livro The Routledge Companion for Local Musicking (orgs. Reily & Bruscher). Nesta visita, continuaremos a pesquisa sobre os tipos de localidades e identidades que estão sendo produzidas pelos músicos e artistas africanos em São Paulo, e como as cenas musicais locais incorporam esses imigrantes e suas formas expressivas. Realizaremos entrevistas com produtores culturais e institucionais, e com outros músicos que estão começando a fazer parte desta cena nascente. Desde 2016, iniciamos a promoção de encontros entre músicos africanos e brasileiros, por nós apresentados. Os encontros foram registrados em vídeo, e alguns deles editados em curtas que ficaram em nosso álbum do Vimeo do LISA: Afrosampas. Em interações musicais, emergem questões estéticas, mas também políticas, identitárias e pessoais, afetivas e conflituosas, que complexificam a experiência da diáspora criativa africana no Brasil. Este é o tema do filme que realizaremos durante a visita de Jasper Chalcraft. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
ROSE SATIKO GITIRANA HIKIJI; JASPER CHALCRAFT. Gringos, nômades, pretos - políticas do musicar africano em São Paulo. Rev. Antropol., v. 65, n. 2, . (19/09397-7, 16/05318-7)

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