Perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos dos grupos filogenéticos de Escherichia coli isolados de mastite clínica bovina

Resumo

A determinação da suscetibilidade aos antimicrobianos (AMS) de Escherichia coli isolados de mastite clínica (MC) de acordo com os grupos filogenéticos e sua associação com fatores de risco em nível de vaca e de rebanho pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias específicas de tratamento e controle deste patógeno em rebanhos leiteiros. Os objetivos do presente estudo foram: (a) determinar a frequência de grupos filogenéticos de E. coli isolados de MC em vacas leiteiras e sua associação com fatores em nível de vaca (número de lactações, estágio de lactação, gravidade de MC e posição do quarto afetado), sistema de alojamento e estação do ano; e (b) determinar e comparar a AMS entre os grupos filogenéticos de E. coli. O método de PCR quadruplex foi usado para classificar os isolados de E. coli em um dos sete grupos filogenéticos. Concentrações inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas para 10 antimicrobianos, e análises de sobrevivência foram realizadas para avaliar as diferenças de AMS entre os filogrupos de E. coli. A maioria dos isolados pertenceu aos filogrupos A (52%) e B1 (38%). Nenhum dos fatores em nível de vaca e rebanho foram associados com os grupos filogenéticos de E. coli. No geral, os isolados de E. coli foram mais suscetíveis ao ceftiofur (96,8%), sulfadimetoxina (75,5%) e cefalotina (74,5%). Com base na análise de sobrevivência, diferença de AMS entre os grupos filogenéticos de E. coli foi observada apenas para a cefalotina, na qual cepas do filogrupo A foram inibidas na CIM mais baixa do que as cepas do filogrupo B1. Os resultados deste estudo indicaram baixa suscetibilidade de isolados de E. coli identificados a partir de MC para a maioria dos antimicrobianos. Além disso, diferenças de AMS podem ocorrer entre os grupos filogenéticos de E. coli, embora não são frequentes, pois foram limitadas a apenas um antimicrobiano (cefalotina). (AU)