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Flávio de Carvalho "O berço da força poética"

Processo: 17/22814-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Vigência: 01 de julho de 2018 - 30 de junho de 2019
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
Pesquisador responsável:Eliane Robert Moraes
Beneficiário:Eliane Robert Moraes
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Artes plásticas  Arquitetura  Modernismo no Brasil  Vanguarda  Homenagem  Livros  Publicações de divulgação científica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:arquitetura | Artes Plásticas | Flávio de Carvalho | Modernismo brasileiro | vanguardas europeias | Viagens etnográficas | Modernismo Brasileiro

Resumo

No dia 22 de agosto de 2016, a Universidade de São Paulo sediou o evento Jornada Flávio de Carvalho: "O berço da força poética", organizado pela Profa. Dra. Eliane Robert Moraes e pela Dra. Larissa Costa da Mata como parte de seu pós-doutoramento junto ao Programa de Pós-Graduação de Literatura Brasileira (DLCV-USP/ CNPq). A jornada prestava uma homenagem a Flávio de Carvalho como escritor nos 80 anos d'Os ossos do mundo (1936), visto que até hoje fora pouco estudado dentro dessa perspectiva pela crítica do movimento modernista e da sua obra. Procurando, igualmente, sanar a deficiência de bibliografia sobre o artista, especialmente no que diz respeito à sua atuação como escritor, o livro Flávio de Carvalho: O berço da força poética reúne a versão completa de algumas das palestras apresentadas no evento, ensaios de outros pesquisadores reconhecidos pelo trabalho com Flávio de Carvalho, bem como excertos de escritos inéditos desse artista brasileiro. Na primeira seção, "O encontro", figuram as contribuições destinadas ao evento. Nela, Marcelo Moreschi (UNIFESP), em "Notas para a reconstrução de uma escrita perdida", apresenta amplamente os textos de Flávio de Carvalho, considerando as suas características formais e o caráter de abandono de sua escrita. Larissa da Mata (USP), em "Flávio de Carvalho e a máquina celibatária", resgata um diálogo entre o artista brasileiro e a tradição de artistas dadaístas e seus precursores (Raymond Roussel e Marcel Duchamp), a partir da sensualidade, da relação com o maquinário e da interrupção de suas obras. Por sua vez, em "Flávio de Carvalho: o sequestro", Raúl Antelo (UFSC) nos afirma que Flávio de Carvalho teria relevado a "decadência e a obsolescência" do presente moderno e situa o artista em uma linhagem sadiana do pensamento, a mesma de Georges Bataille, Roland Barthes, Maurice Blanchot, entre tantos outros. A escritora Veronica Stigger (FAAP), em "Expedição, experiência: Flávio de Carvalho na selva amazônica" lida com a "experiência" menos célebre desse artista, a sua temporada na Amazônia em 1958, quando pretendia realizar um filme sobre Umbelinda Valéria, jovem branca que havia sido sequestrada pelos índios da região amazônica. A segunda seção, "Outros encontros com o artista", reúne ensaios de pesquisadores convidados, que não estiveram presentes na Jornada. Nessa parte, em "Mãe, medusa", Eliane Robert Moraes (USP) analisa, nas imagens da Série Trágica (1947) o enfrentamento do "enigma materno" pelo olhar de Flávio de Carvalho. Ana Luiza Andrade (UFSC), no ensaio em "Flávio de Carvalho e Gilberto Freyre: a memória, no limiar entre o sonambulismo histórico e a sugestibilidade iconográfica", nos recorda que, ao se situarem na convergência entre disciplinas como a história, a sociologia, a psicologia e a biologia, esses intelectuais colocam em questão o fim utilitário do racionalismo na modernidade. Já José Tavares Correia de Lira (FAU-USP), considera que o sensualismo estudado por Carvalho em livros como O mecanismo da emoção amorosa (1934-1952) deixaria vestígios nas obras arquitetônicas concretizadas como a Fazenda Capuava, em Valinhos. Por fim, Florencia Donadi (Universidade de Córdoba/CONICET) traz à baila a série de escritos "Rumo ao Paraguai" (1943-1944) de Carvalho, a qual é, até o momento, praticamente desconhecida pela crítica. Em "Escrituras do arquivo", fechamento do livro, incluem-se textos de Flávio de Carvalho localizados em seu arquivo, no Centro de Documentação Cultural "Alexandre Eulálio" (CEDAE), da Unicamp: fragmentos de O mecanismo da emoção amorosa, da série Rumo ao Paraguai e "Nas fronteiras do perigo", breve diário de bordo da expedição amazônica. Vale salientar que nenhum dos textos da seção "Escrituras do arquivo" jamais foi transcrito nos catálogos que coletaram o material esparso deixado por Flávio de Carvalho. Portanto, essa seção se torna valiosa, sobretudo, pelo ineditismo da tarefa. (AU)

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