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Varredura de componentes da maquinaria epigenética funcionalmente associados a quimioresistência e sensibilidade a gemcitabina no câncer de pâncreas

Processo: 18/08189-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de julho de 2018 - 31 de março de 2023
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Bioquímica - Biologia Molecular
Pesquisador responsável:Eduardo Moraes Rego Reis
Beneficiário:Eduardo Moraes Rego Reis
Instituição Sede: Instituto de Química (IQ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Genômica funcional  Epigênese genética  Inativação gênica  Neoplasias pancreáticas  Terapia de alvo molecular  Quimiorresistência  RNA interferente pequeno  Epigenômica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:alvos moleculares | cancer de pancreas | epigenética | Quimioresistência | shRNA | silenciamento genico | Genômica funcional

Resumo

O câncer de pâncreas é uma das neoplasias mais letais onde apenas cerca de 5% dos indivíduos diagnosticados com adenocarcinoma ductal (PDAC), o tipo mais prevalente e agressivo, tem uma sobrevida maior do que 5 anos após o diagnóstico. A quimioterapia com gemcitabina faz parte da primeira linha de tratamento da doença invasiva e é usada como terapia adjuvante após remoção cirúrgica dos tumores ressecáveis. Porém o benefício clínico é extremamente limitado devido a aquisição de quimioresistência seguida de evolução para doença metastática. A aquisição de quimioresistência envolve diferentes vias moleculares e é acompanhada de outras manifestações fenotípicas celulares importantes (transição epitélio-mesenquimal, expressão de marcadores e características "stem like") que contribuem para a progressão da doença. A aquisição de quimioresistência e o consequente estabelecimento de um fenótipo tumoral mais agressivo envolvem mudanças no padrão de expressão gênica da célula que são mantidas após as divisões celulares pela ação de proteínas responsáveis pela deposição, remoção e leitura de marcas regulatórias na cromatina. A importância de mecanismos de regulação epigenética na homeostase celular e as consequências de sua desregulação para a progressão tumoral já foram documentadas em diferentes tipos de câncer incluindo o PDAC e é evidenciada pelo uso clínico de drogas que revertem marcas epigenéticas pró-oncogênicas. Porém a contribuição de reguladores epigenéticos para o estabelecimento e manutenção da resistência a gemcitabina no PDAC ainda não é conhecida.Utilizando uma abordagem de rastreamento funcional, o objetivo desta proposta é investigar a existência de componentes da maquinaria epigenética que sejam críticos, não só para a sobrevivência de células de PDAC, mas também para o estabelecimento de resistência a gemcitabina. Para alcançarmos esses objetivos utilizaremos diferentes modelos celulares derivados de PDAC humano, incluindo linhagens imortalizadas e culturas primárias de xenotransplantes derivados de tumores de pacientes (PDXs) gerados previamente em nosso laboratório. Estas células serão interrogadas com uma biblioteca customizada de short hairpin RNAs que alveja cerca de 300 genes que codificam proteínas que regulam a cromatina. Células tumorais "nave" ou selecionadas para resistência a gemcitabina serão transfectadas com a biblioteca e a seguir serão mantidas na presença de concentrações sub-letais da droga. A análise da representação diferencial de shRNAs específicos antes e após a seleção com a gemcitabina poderá revelar genes críticos para a sobrevivência do PDAC ou que sensibilizem as células tumorais ao tratamento com a droga. Os genes candidatos mais promissores serão validados individualmente em diferentes linhagens de PDAC e na coleção de PDXs já disponível para este projeto. Os resultados que serão produzidos fornecerão informações originais e relevantes sobre o papel da maquinaria epigenética na aquisição de quimioresistência ao principal agente quimioterápico utilizado no PDAC. Além disso, este projeto tem o potencial de apontar alvos promissores para serem explorados em combinação com a gemcitabina no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas que aumentem a eficácia do tratamento e a sobrevida de pacientes com câncer de pâncreas. (AU)

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