Em razão das diretrizes internas e da colaboração com o governo do Estado, o ano de 1973 foi, “sem a menor duvida, o período mais favorável para o desenvolvimento das atividades da Fundação de Amparo à Pesquisa, desde 1962, quando foi instituída”, avaliou o diretor-presidente do CTA, Jayme Cavalcanti, na abertura do Relatório de Atividades 1973.
“A estabilidade financeira da Fundação continua a ser uma garantia para a execução de seus pianos”, ele acrescentou. “Este talvez seja um fato virgem na América Latina, onde a execução integral dos orçamentos nem sempre é possível, devido a cortes forçados, durante o ano, nas verbas inicialmente concedidas.”
Em 1973, evidenciaram-se os resultados positivos de uma modificação proposta pela Diretoria Científica, a entrega de grandes areas a assessores-coordenadores, implantada no ano anterior, e dos projetos integrados, como o BIOQ-FAPESP.
O diretor científico, Oscar Sala, por sua vez, ressaltou a “melhoria na qualidade dos projetos apresentados, seja para solicitação de auxílio, seja ligados a bolsas de iniciação ou pós-graduação”. Em consequência, melhorou também “o rendimento dos auxílios concedidos, tanto na quantidade como na qualidade das publicações resultantes”. Os resultados resultavam, “em grande parte, da atuação dos assessores científicos, que cada vez mais participam de maneira crítica e criativa do processo de seleção e acompanhamento dos projetos e bolsistas”.
Em 1973 a FAPESP recebeu 545 pedidos de auxílios e 1036 de bolsas, aprovando, respectivamente, 314 e 963.
Ao assumir os serviços de importação de materiais requisitados pelos projetos de pesquisa, a FAPESP verificou um aumento nas despesas de custeio, mas uma grande economia em despesas de desembaraço alfandegário.