Projeto do domo do Large Synoptic Survey Telescope (LSST), em construção em Cerro Pachón, no Chile, para fazer um mapeamento de quase a metade do céu durante dez anos (imagem: LSST)
Em janeiro de 2016, a FAPESP anunciou a participação de astrônomos brasileiros no Large Synoptic Survey Telescope (LSST), em construção em Cerro Pachón, no Chile, que deve entrar em operação em 2022 e fazer um mapeamento de quase a metade do céu durante dez anos e detalhar a estrutura e a evolução do Universo.
Os astrônomos brasileiros terão acesso ao LSST por meio de um acordo firmado entre a Rede ANSP (Academic Network at São Paulo), apoiada pela FAPESP, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA) e o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) com o consórcio norte-americano que financia o projeto.
O memorando de entendimento assinado pelas instituições permitirá que astrônomos dos Estados Unidos e de outros países tenham acesso aos dados obtidos pelo telescópio por meio de uma rede de fibra óptica, operada pela ANSP e RNP, que interliga São Paulo, Miami e Santiago, no Chile, por meio de cabos submarinos com mais de 20 mil quilômetros de extensão.
Com uma lente de 8,4 metros de diâmetro, o telescópio deve gerar 30 terabytes (TB) de dados a cada noite, que serão transmitidos para diferentes centros para redução e análise, inclusive no Brasil.
A FAPESP apoia a participação de pesquisadores do Estado de São Paulo em outros grandes projetos da área de astrofísica: o Gemini, em operação desde 2004 com dois telescópios gêmeos, um nos Andes chilenos e outro no Havaí; o Southern Observatory for Astrophysical Research (Soar), operando nos Andes desde 2005; o Projeto LLAMA (Large Latin-American Millimetric Array), radiotescópio em construção na Argentina; e o Giant Magellan Telescope (GMT), em construção no deserto do Atacama, nos Andes chilenos.
Para mais informações sobre os projetos em andamento ou concluídos, consulte a página sobre a Rede ANSP na Biblioteca Virtual da FAPESP.
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