Um acordo entre a FAPESP, a Boeing e a Embraer assinado em outubro de 2011 previa a construção de um centro de pesquisa para desenvolvimento de biocombustível para aviação (foto: Boeing)
Em outubro de 2011 a FAPESP assinou duas cartas de intenções, uma com a Boeing e outra com a Embraer, para colaboração em pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação comercial.
O acordo prevê a construção no Estado de São Paulo de um centro de pesquisa focado no desenvolvimento de biocombustível sustentável para aviação, inspirado nos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), da FAPESP.
O centro se valerá de pesquisas já realizadas no Brasil e no exterior para utilização de biocombustíveis, como as desenvolvidas no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
Instituições internacionais como a Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata) estabeleceram que as companhias aéreas devem reduzir em 50% as emissões de CO2 até em 2050, em comparação com os níveis de 2005.
Também em outubro, durante o Workshop FAPESP-ABC sobre Pesquisa Colaborativa Universidade-Empresa, foram apresentados três projetos de pesquisa financiados pelo Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, em parceria com a Embraer, que poderão tornar os aviões brasileiros mais confortáveis, silenciosos e seguros.
Em maio de 2012, representantes da FAPESP, Boeing e Embraer anunciaram que haviam iniciado um estudo sobre os principais desafios científicos, tecnológicos, sociais e econômicos para o desenvolvimento e adoção de biocombustível pelo setor de aviação comercial e executiva no Brasil.
O estudo será orientado por uma série de oito workhops realizados ao longo de 2012 para coleta de dados com pesquisadores, integrantes da cadeia de produção de biocombustíveis e representantes do setor de aviação e do governo. O primeiro workshop foi realizado em abril de 2012 em São Paulo.
Em abril de 2013, a Boeing anunciou a construção de um Centro de Pesquisas na cidade de São José dos Campos. Um dos projetos previstos é o desenvolvimento de novos combustíveis para aviões.
Em junho de 2013, representantes da Boeing, da Embraer, da FAPESP, da Unicamp e de outras universidades apresentaram o relatório Plano de voo para biocombustíveis de aviação no Brasil: plano de ação.
O relatório, coordenado pela Unicamp, identificou lacunas e apontou os caminhos que o país deve percorrer para ocupar posição de destaque nesse mercado: mais pesquisa nas áreas de matérias-primas e de produção de biocombustíveis, logística de distribuição, adequação da legislação, entre outras.
Para mais informações sobre os projetos em andamento ou concluídos, consulte a página sobre os acordos com a Embraer e a Boeing na Biblioteca Virtual da FAPESP.
Leia também:
Reportagens da Agência FAPESP
Brasil pode ser protagonista em biocombustíveis para aviação, 13 de setembro de 2012
FAPESP, Boeing e Embraer iniciam estudo para o desenvolvimento de biocombustíveis para aviação, 26 de abril de 2012
Embraer e USP inauguram centro de engenharia de conforto em aviões, 9 de abril de 2012
Reportagens da revista Pesquisa FAPESP
Estudos sobre o SAF avançam no país, 26 de fevereiro de 2024
Brasil se prepara para produzir combustível sustentável de aviação, 26 de fevereiro de 2024
Bem-estar no ar, abril 2012